Vício De Linguagem: Análise Da Frase 'Eu Nunca Ganho Nada'

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Vício de Linguagem: Análise da Frase 'Eu Nunca Ganho Nada'

Hey guys! Já se pegaram analisando uma frase e pensando: "Hum, tem alguma coisa estranha aqui"? Pois é, hoje vamos mergulhar no mundo dos vícios de linguagem, focando em uma frase bem comum: "Eu nunca ganho nada em bingo". Vamos desvendar qual vício se esconde nessa expressão e como podemos classificá-lo. E, claro, vamos ver como esse tipo de conhecimento pode te ajudar no Enem. Preparados?

Identificando o Vício de Linguagem na Frase

Quando olhamos para a frase “Eu nunca ganho nada em bingo”, qual a primeira coisa que chama a atenção? Provavelmente, a combinação das palavras “nunca” e “nada”. Ambas expressam negação, o que pode soar redundante. E bingo! É exatamente isso que temos aqui: um vício de linguagem chamado pleonasmo. Mas calma, antes de sairmos por aí chamando tudo de pleonasmo, vamos entender melhor o que ele é e como ele se manifesta.

O que é Pleonasmo e Por Que Ele Ocorre?

Pleonasmo, em sua essência, é a repetição de uma ideia já contida em uma palavra ou expressão. É como se disséssemos a mesma coisa duas vezes, só que de formas diferentes. No caso da nossa frase, o advérbio “nunca” já indica a ausência de ganho, e o pronome indefinido “nada” reforça essa mesma ideia. Essa repetição pode acontecer por diversos motivos. Às vezes, é por puro descuido na hora de construir a frase. Em outras situações, o pleonasmo pode ser usado de forma intencional, como um recurso estilístico para enfatizar uma ideia ou emoção. É aí que entra a diferença entre o pleonasmo vicioso e o pleonasmo literário.

Pleonasmo Vicioso vs. Pleonasmo Literário

É crucial distinguir o pleonasmo vicioso do pleonasmo literário. O vicioso, como o próprio nome sugere, é aquele que surge por falta de atenção ou conhecimento da língua. Ele empobrece a comunicação, tornando-a redundante e desnecessária. Já o pleonasmo literário, também chamado de pleonasmo de realce ou redundância expressiva, é uma figura de linguagem utilizada para dar ênfase a uma ideia, intensificar um sentimento ou criar um efeito poético. Ele é empregado de forma consciente e intencional, enriquecendo o texto.

No nosso exemplo, “Eu nunca ganho nada em bingo”, temos um claro caso de pleonasmo vicioso. A frase soa redundante e poderia ser expressa de forma mais concisa, como “Eu nunca ganho em bingo” ou “Eu não ganho nada em bingo”. A repetição da ideia de negação não acrescenta nada à mensagem, apenas a torna mais prolixa.

Outros Exemplos de Pleonasmo Vicioso

Para fixar bem o conceito, vamos ver outros exemplos comuns de pleonasmo vicioso:

  • Subir para cima: O verbo “subir” já implica um movimento ascendente, então adicionar “para cima” é redundante.
  • Descer para baixo: Similar ao anterior, “descer” já indica um movimento descendente.
  • Entrar para dentro: “Entrar” significa ir para o interior de algo, tornando “para dentro” desnecessário.
  • Sair para fora: O mesmo raciocínio se aplica aqui: “sair” já significa ir para o exterior.
  • Elo de ligação: Um elo já serve para ligar coisas, então a expressão é redundante.
  • Encarar de frente: “Encarar” já sugere uma ação frontal, dispensando o “de frente”.
  • Multidão de pessoas: Uma multidão é, por definição, um grande número de pessoas.
  • Surpresa inesperada: Se é surpresa, é porque não era esperada, certo?
  • Hemorragia de sangue: Hemorragia é a perda de sangue, então a repetição é desnecessária.

Percebe como esses exemplos tornam as frases mais longas e menos eficientes? Evitar o pleonasmo vicioso é fundamental para uma comunicação clara e objetiva.

Como Evitar o Pleonasmo Vicioso

A melhor forma de evitar o pleonasmo vicioso é prestar atenção à construção das frases. Ao revisar um texto, pergunte-se: “Estou dizendo a mesma coisa duas vezes?”. Se a resposta for sim, procure eliminar a redundância. Uma boa dica é tentar expressar a ideia de forma mais concisa, utilizando sinônimos ou reestruturando a frase.

Além disso, a leitura e o estudo da gramática são grandes aliados. Quanto mais você se familiarizar com a língua portuguesa, mais fácil será identificar e evitar os vícios de linguagem. E não se esqueça: a prática leva à perfeição! Quanto mais você escrever e revisar seus textos, mais natural se tornará evitar o pleonasmo vicioso.

Pleonasmo no Enem: Por Que Isso Importa?

Agora que já dominamos o conceito de pleonasmo, vamos entender por que ele é importante para o Enem. Essa prova exige um bom domínio da língua portuguesa, tanto na interpretação de textos quanto na produção textual. Identificar e evitar vícios de linguagem, como o pleonasmo vicioso, é crucial para garantir uma boa nota na redação e nas questões de gramática.

Pleonasmo na Redação do Enem

Na redação do Enem, a clareza e a objetividade são qualidades muito valorizadas. Utilizar o pleonasmo vicioso pode prejudicar a sua nota, pois demonstra falta de domínio da língua e empobrece o texto. Imagine que você está tentando convencer o corretor de que sua proposta de intervenção é a melhor solução para o problema. Se você usar expressões redundantes, a sua argumentação perderá força e o seu texto se tornará menos persuasivo.

Portanto, ao escrever a redação, revise cuidadosamente o seu texto em busca de pleonasmos viciosos. Elimine as repetições desnecessárias e procure expressar suas ideias de forma clara e concisa. Lembre-se: menos é mais! Um texto bem escrito é aquele que transmite a mensagem de forma eficiente, sem rodeios.

Pleonasmo nas Questões de Gramática do Enem

O Enem também cobra o conhecimento de gramática em questões objetivas. É comum encontrar questões que exploram os vícios de linguagem, incluindo o pleonasmo. Essas questões podem apresentar frases com pleonasmos viciosos e pedir para o candidato identificar o erro ou indicar a forma correta de expressar a ideia.

Ao se deparar com uma questão desse tipo, o primeiro passo é ler atentamente a frase e identificar possíveis redundâncias. Se você encontrar uma expressão que repete uma ideia já contida em outra palavra, é provável que esteja diante de um pleonasmo vicioso. Em seguida, analise as alternativas e escolha aquela que apresenta a frase corrigida, sem a redundância.

Exemplos de Questões do Enem sobre Pleonasmo

Para ilustrar como o pleonasmo pode ser cobrado no Enem, vamos analisar alguns exemplos:

Exemplo 1:

(Enem 2015) “Aquele garoto subiu para cima da árvore”.

O vício de linguagem presente na frase acima é:

a) ambiguidade b) barbarismo c) pleonasmo d) solecismo e) estrangeirismo

Resposta: A alternativa correta é a letra c) pleonasmo, pois a expressão “subiu para cima” é redundante.

Exemplo 2:

(Adaptado) Assinale a alternativa em que há pleonasmo vicioso:

a) Chovia uma chuvinha fina. b) Sorria um sorriso maroto. c) Subi as escadas correndo. d) Vi com meus próprios olhos. e) Ele teve uma hemorragia de sangue.

Resposta: A alternativa correta é a letra e) Ele teve uma hemorragia de sangue, pois hemorragia já significa perda de sangue.

Percebe como o Enem pode cobrar o conhecimento de pleonasmo de diferentes formas? Por isso, é fundamental dominar o conceito e saber identificar o vício de linguagem em diferentes contextos.

Outros Vícios de Linguagem Importantes para o Enem

Além do pleonasmo, existem outros vícios de linguagem que podem ser cobrados no Enem. É importante conhecê-los para evitar cometê-los na redação e para identificá-los nas questões de gramática. Vamos ver alguns dos principais:

Ambiguidade

Ambiguidade ocorre quando uma frase apresenta mais de um sentido possível, dificultando a compreensão da mensagem. É como se a frase estivesse “em aberto”, permitindo diferentes interpretações.

  • Exemplo: “O menino viu o incêndio da janela”. Quem estava na janela, o menino ou o incêndio?

Para evitar a ambiguidade, é fundamental construir as frases de forma clara e precisa, utilizando a pontuação e a ordem das palavras de maneira adequada.

Cacofonia

Cacofonia é o som desagradável produzido pela junção de palavras em uma frase. Esse som pode ser engraçado ou incômodo, dependendo do contexto.

  • Exemplo: “Eu vi ela”. A junção de “vi” e “ela” produz o som de “viela”.

Para evitar a cacofonia, basta substituir uma das palavras ou reestruturar a frase.

Eco

Eco é a repetição de sons semelhantes em palavras próximas em uma frase. Essa repetição pode tornar o texto monótono e cansativo.

  • Exemplo: “O rato roeu a roupa do rei de Roma”. A repetição do som “ro” cria um eco desagradável.

Para evitar o eco, procure utilizar sinônimos ou reestruturar a frase.

Hiato

Hiato é a sequência de vogais pronunciadas separadamente em uma frase. Essa sequência pode tornar a pronúncia difícil e desagradável.

  • Exemplo: “Saíram apressadamente”. A sequência “saíram a” cria um hiato.Para evitar o hiato, procure utilizar sinônimos ou reestruturar a frase.

Conclusão: Domine os Vícios de Linguagem e Arrase no Enem!

E aí, pessoal! Chegamos ao fim da nossa jornada pelo mundo dos vícios de linguagem. Vimos que o pleonasmo é apenas um dos muitos obstáculos que podemos encontrar na comunicação. Dominar esses conceitos é fundamental para escrever bem, interpretar textos com precisão e, claro, garantir uma ótima nota no Enem.

Lembrem-se: a prática leva à perfeição! Quanto mais vocês lerem, escreverem e revisarem seus textos, mais fácil será identificar e evitar os vícios de linguagem. E não se esqueçam de que o conhecimento da língua portuguesa é uma ferramenta poderosa, que pode abrir muitas portas para vocês. Então, continuem estudando, explorando e se apaixonando por esse universo fascinante!

Agora, que tal colocar em prática o que aprendemos? Que tal analisar outras frases e identificar os vícios de linguagem presentes nelas? Compartilhem seus exemplos nos comentários e vamos continuar aprendendo juntos! Até a próxima! 😉